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Terça, 15 de fevereiro de 2011, 06h34
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Bom movimento em fevereiro anuncia Carnaval

              Fevereiro começou muito bem e abre alas para a festança de março. O Serviço de Proteção ao Crédito-SPC/CDL Cuiabá mostra que a perspectiva positiva está sendo anunciada desde os primeiros 10 dias. “Em relação a igual período do segundo mês do ano de 2010,  os acréscimos nas consultas pontuaram 7,64%”, aponta o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas-CDL Cuiabá, Paulo Gasparoto.

 

            O índice refere-se não só a viagens programadas, mas também a compras de materiais de construção e escolares. As viagens e consumos diversos dividem a renda também com “contas fixas, a exemplo de IPTU e IPVA”, fala Gasparoto.

 

            Anúncio para março - O alongamento das férias, com o adiamento do carnaval para março, é um fator que promete gerar mais numerários, pois os turistas viajam em fevereiro e seguram até a grande festa. Mas, em qualquer data, carnaval significa incremento da economia dos municípios que se organizam para a festa, e inclui os que trabalham o turismo emissivo.

 

            Em Cuiabá, cidade considerada sem clima carnavalesco no trade turístico, as vendas relativas ao Turismo Emissivo mostram a força do sambódromo, pagode, samba, marchinha ou Axé. “O aumento nas vendas de pacotes para fora do estado é de mais de 30%”, comenta a supervisora de vendas da CVC Turismo Ariana Rafaela Santana.

 

            Dentre os poucos turistas que optam por vir para Mato Grosso nesta época, a maioria procura Chapada dos Guimarães, denotando que estão aproveitando a temporada de quase feriadão para fazer passeios ecológicos. “O sucesso mesmo é a saída para o nordeste, 80% das reservas são para Fortaleza-Ceará. Em seguida vem Natal, Maceió, Bahia e só aí Rio de Janeiro”, esclarece, completando que os turistas de Mato Grosso buscam aliar a festa “com praias, natureza, receptividade e segurança”, o que no Rio de Janeiro ainda é um desafio.

 

            Ariana revela também que a data de maior plus nas vendas é o Réveillon, “significando 70% a mais nas emissões”.

 

            Jair de Andrade, responsável pelas reservas na Adventure Pantanal Operator, confirma que carnaval mato-grossense é pouco significativo no turismo nacional ou como fator de retenção da comunidade local. “Mas, pode-se notar que há movimentos vindos do interior para a Chapada dos Guimarães, roteiro também do turista nacional, que já neste começo de fevereiro lotaram hotéis e pousadas daquela cidade”.

 

            O turismo é uma renda extra para os municípios, pois, de acordo com Jair, os visitantes ficam de 4 a 5 dias na localidade. O gasto médio por estrangeiros em viagens como esta é de U$ 250. Do brasileiro em torno de R$100,00/dia fora a hospedagem e passagens.

 

            “De Buzão” – A locação de ônibus para viajar no carnaval é cada vez maior. A consultora de vendas da Doanny Tur, Priscila Martins, explica que já em janeiro, dois veículos, de 43 lugares, foram fretados. “E no ano passado foram cinco ônibus apenas para o carnaval”, informa, concluindo que todos são em padrão de luxo, “com ar condicionado, DVD, geladeira”. A maioria faz rota para o nordeste e o point mais requisitado é Porto Seguro. “Mas os que vão para retiros religiosos também compõem o percentual, viajando para Brasília, Trindade-Goiás e Paraná”. Uma curiosidade é que alguns destes ônibus são fretados “para grupos familiares e de amigos”, e não especificamente para terceirização das vagas”.

 

            MT – O Carnaval mato-grossense da atualidade, segundo a jornalista Ana Angélica de Araújo Werneck, 40 anos, simplesmente não aparece. “Cuiabá, por exemplo, não respira carnaval”, conclui, lembrando que em sua cidade natal, Miraí -MG, a festa é destaque e conta com blocos e pulos em praças e ruas. “No interior de Mato Grosso – Santo Antônio, Nossa Senhora do Livramento, etc., ainda vemos alguma concentração, mas a capital mesmo se esvazia”, afirma, completando que seu roteiro mais comum é acampar em Chapada dos Guimarães com a filha, amigos e familiares.

 

            Gersino Arruda Leite, 28 anos, também não viaja para fora do Estado. “Por isso gostaria que Cuiabá tivesse mais atrações carnavalescas de rua para que as famílias cuiabanas e parentes que vêm passar o feriado na capital possam curtir mais”, diz ele.

 

            Já a comerciante Valdiléia Pereira, 45 anos, o caminho é o do Vinde Vede, reunião de católicos vindos de todas as regiões do estado e até de fora. “Aproveitamos este quase feriado para orar, já que muitas vezes, a festa não é a opção que vemos como mais propícia ou atrativa”, comenta, lembrando que, no entanto, participam do evento religioso apenas ela e o marido. “Nossos filhos vão para a festa”.

 

            O empresário Wenceslau Júnior, um dos representantes do segmento de Comércio de Materiais de Construção na composição CDL Cuiabá, explica que nos últimos 4 anos tem observado a troca das viagens para fora do estado por agendas mais voltadas a reformas, construção de casa e ações locais diversas. “Observamos que as famílias mato-grossenses, mais especificamente as de Cuiabá, estão deixando as saídas para outras cidades brasileiras para outros períodos do ano. Há uma mudança de comportamento”. A observação mostra que quanto mais pessoas focarem na capital em datas como esta, maior a possibilidade de movimentar a economia com um calendário tão festivo quanto o de outros estados. (Honéia Vaz)

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