Campanha estimula doadores e promove conscientização
Por: Assessoria
“Cada bolsa de sangue coletada pode salvar quatro vidas”
Edson Rodrigues/Imagens |
O doador número 1 da Campanha, Anderson Gomes, de 36 anos, é doador universal tem tipo O negativo e por isso é muito procurado. Anderson conta que já é a segunda vez que participa da Campanha Olga Haddad, conheceu ano passado quando fazia um curso no Espaço CDL e agora passou a ser regular. “Meu tipo de sangue é muito procurado, mas eu só doava esporadicamente quando alguém me pedia, depois que participei aqui da campanha me tornei doador regular”, disse Anderson que foi o primeiro a ser atendido.
A Campanha Olga Haddad foi aberta às 8 horas pelo presidente da CDL Cuiabá, João Batista Rosa, e pelo idealizador da iniciativa o ex-diretor Luiz Haddad, viúvo da senhora Olga Haddad que dá nome à campanha.
Contente com o resultado que vem sendo conquistado a cada ano, o presidente da CDL Cuiabá fez um apelo aos empresários do comércio que incentivem os funcionários e os libere para doar no horário de trabalho. “Se cada um fizer um pouco poderemos salvar muitas vidas, o déficit de sangue poderia ser suprido se todos colaborassem”, comentou.
Muito forte ainda, prestes a completar 90 anos, Luiz Haddad relembra o que motivou a criação da campanha. “Eu quis ajudar aquelas pessoas que não tem como conseguir doadores, com a Olga no hospital vi muita gente sofrendo, pacientes angustiados precisando de sangue e não conhecia ninguém e aqui na CDL tinha muitos funcionários jovens e pedi ajuda e deu certo”, disse Luiz Haddad.
Ficou comprovado que promover campanhas de doação de sangue é um caminho produtivo para coletar mais ‘hemocomponentes’ necessários para pacientes que estão no hospital, sofrem acidentes ou tem alguma doença como no caso da leucemia. A coordenadora de enfermagem da Ihemco que conduziu a coleta na sede da CDL, Luciana Aguiar, explicou que tem situações em que o médico prescreve para um doente em tratamento de câncer receber 12 plaquetas a cada 12 horas, isso significa que serão necessários 30 doadores para um paciente. “Em cada bolsa coletada nós retiramos quatro tipos de hemocomponentes, plaquetas, plasma, hemácias e crioprecipitado, por isso podemos dizer que cada doador salva quatro vidas”, disse a coordenadora de enfermagem. Luciana completou ainda que há muitos pacientes nos hospitais precisando e poucos doadores.
Doadores como Cleide da Rocha, 38 anos, que há três sente vontade de fazer a doação e sempre foi adiando, mas hoje ao ver a chamada da campanha Olga Haddad se decidiu a doar sangue pela primeira vez. “Eu estava me arrumando e ouvi no jornal de manhã e decidi que hoje eu iria. Eu só consegui peso suficiente há três anos e desde então venho protelando, mas hoje consegui estou aqui e acho super importante ajudar”, disse Cleide. Ela mora no bairro do Porto e trabalha no Araés, mas se deslocou até a sede da CDL para ajudar salvar vidas. O tipo de sangue da Cleide é A (negativo) e apenas 8% da população possui esse tipo sanguíneo.
Muitos empresários mobilizaram os funcionários foi o caso do comerciante Jurandir da Silva Vieira, da Solução Cosméticos, que trouxe funcionárias para doar e ainda se entusiasmou de promover uma campanha dentro da empresa dele com cerca de 200 funcionários.
Outra empresa que deu uma lição de participação foi a Mon Bijoux, a gerente da loja Lucivanda e o diretor da empresa, Tharles Montazoli, foram os primeiros a doar e durante o dia foram enviando os funcionários para também fazer a doação. “Ajudar a salvar vidas, a doação é um ato de amor e esse ato simples salva muitas vidas”, disse o jovem empresário.
O receio da picada da agulha é rapidamente superado pelo desejo de contribuir com o próximo, mas é preciso ser estimulado. A estudante Izuilene Canavarros, 26 anos, conta que viu o pai precisar de transfusão, sabia da importância, mas não doava precisou de um convite de uma colega de faculdade para participar da Campanha Olga Haddad, aceitou e repetiu a dose este ano. “Faltava oportunidade, eu sempre tive vontade de ajudar as pessoas”, comentou.
A adesão dos funcionários da CDL foi praticamente de 100%, com exceção para aqueles que não puderam doar por questão de saúde.
A Campanha de Doação Olga Haddad ocorre anualmente e a proposta da CDL Cuiabá é fazer semestralmente. A organização da edição 2015 ficou por conta do CDL Social.