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Sábado, 29 de junho de 2019, 16h07
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Carga tributária pode tirar poder de compra da população; Consumidores cuiabanos não concordam com mais aumentos

 

Assessoria de Imprensa

CDL Cuiabá

 

Um projeto de lei (PL), que versa sobre a revisão dos incentivos fiscais a empresas que atuam no estado, protocolado nesta semana pelo governo do Estado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) tem gerado preocupação, principalmente para o setor empresarial e consumidores, que pagarão a conta final, caso a carga tributária tenha aumento

 

Para os representantes do setor empresarial de Mato Grosso, caso o PL seja aprovado, deve causar um grande impacto em praticamente todos os produtos comercializados no Estado. A carne, por exemplo, terá um aumento de 7% no preço final. Outros produtos também terão mudanças significativas nos valores como medicamentos, onde o aumento do imposto pode chegar a 70%, e material de construção que deve ter um reajuste de mais de 30%.

 

“Caso o PL seja realmente aprovado, o valor do custo médio dos produtos aumentará mais de 30% com impactos direto no custo do metro quadrado da construção”, comentou Gustavo Gusmam, presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção de MT (Acomac).

 

Para os consumidores, que serão os maiores prejudicados com a aprovação do PL, a sensação é de insegurança e medo de que a carga tributária que já é alta em Mato Grosso fique ainda maior, estagnando assim a economia do Estado.

 

De acordo com Marcelo Marcorio, que trabalha na área de construção civil, se aumentar ainda mais a carga tributária, empresas deixarão de investir na cidade. “Eu não concordo, em hipótese alguma com esse projeto. Se for aumentar ainda mais o material de construção, você vai incentivar as construtoras a não fazer mais, não expandirem seus negócios, e isso consequentemente não ajuda a desenvolver o Estado. Hoje vemos indústrias indo se instalar em outros Estados justamente por causa da alta carga tributária e falta de incentivo aqui em Mato Grosso”, afirmou ele.

 

Da mesma forma se posicionou contrário ao PL, o educador físico Pablo de Souza. “Esse projeto é um absurdo, nós já pagamos muito caro na carne, e agora, caso esse aumento realmente aconteça, com certeza as pessoas deixarão de comprar e de consumir, principalmente a carne vermelha”, disse ele.

 

A situação também deve ficar muito difícil para a aposentada Maria José Cardoso, do bairro Cidade Alta. Ela consome mensalmente diversos tipos de medicamentos. Caso o reajuste seja implantado não sabe como fará para compra-los. “Isso vai ser muito ruim, eu uso os remédios direto para pressão e colesterol e não posso parar. Não sei como farei para continuar comprando caso tenha esse aumento”, disse ela que vive da aposentadoria.

Com isso, as lideranças têm procurado a interlocução com os deputados no sentido de equacionar esse problema de uma forma que seja boa para o Estado, para o empresário e principalmente para o consumidor.

 

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