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Sexta, 19 de novembro de 2010, 10h31
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Comércio ambulante toma conta das ruas; CDL reclama

O comércio ambulante no centro de Cuiabá tem se tornado um problema para pedestres e motoristas. Ao redor da praça Ipiranga, no centro da cidade, por exemplo, mesmo havendo uma área reservada, os camelôs, como são popularmente conhecidos, invadem as calçadas e os estacionamentos dos dois lados da rua, atrapalhando tanto quem transita a pé, quanto quem precisa passar de carro pelo local. Em 2008, o Ministério Público chegou a determinar que o então prefeito, Wilson Santos (PSDB), retirasse todos os comerciantes ilegais das ruas, mas a medida não surtiu resultados.

 

   A falta de ações rendeu críticas do superintendente da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL), Nelson Soares, até mesmo ao MP. "O Ministério Público veio agora determinar que sejam plantadas árvores na frente das lojas, mas para quê? Para dar mais sombra e conforto aos camelôs?", ironiza. Ainda assim, ele afirma que a entidade vai procurar novamente o órgão caso a administração da cidade não tome providências. "Estamos esperando uma ação da prefeitura. Se nada for feito vamos recorrer ao Ministério Público de novo", afirma Soares.

 

   De acordo com ele, entre as principais reclamações dos lojistas está a dificuldade de acesso dos clientes às lojas. "As pessoas preferem andar por locais mais tranquilos, do que ter que se arriscar no meio da rua porque as calçadas estão tomadas pelos ambulantes", explica Soares, que conta ainda que o problema se agrava a cada final de ano, quando as vendas no comércio aumentam por causa do Natal. Ele considera a concorrência desleal, já que os camelôs não pagam impostos sobre a mercadoria que vendem ou o espaço onde montam suas "lojas" improvisadas.

 

   Para o gerente de uma loja que fica em frente à praça Ipiranga, Magno Kuster, o maior problema é a organização da cidade. "Não chega a atrapalhar o nosso trabalho, talvez os pedestres achem ruim. Mas com certeza deixa a cidade muito feia", diz. Ele conta que durante a manhã, o movimento é tranquilo, mas com o início da tarde os ambulantes passam a ocupar as duas calçadas da rua. "Durante a tarde fica mais desorganizado. Eles (os camelôs) ocupam os estacionamentos das motos, as pessoas são obrigadas a estacionar do outro lado e aí fica aquela bagunça", relata.

 

   O secretário de Meio Ambiente da Capital, Lécio Monteiro, disse que já tomou conhecimento de algumas reclamações por parte de comerciantes, mas que ,por enquanto, ainda está fazendo um levantamento de dados sobre o assunto para, só então, tomar uma providência. "Vou me pronunciar sobre o assunto, mas no momento certo. Agora estamos fazendo uma ação de levantamento do problema", explicou o secretário, que alegou que o ex-gestor da pasta, Arquimedes Pereira Lima, não deixou nenhum projeto de ação encaminhado. Ainda assim, Lécio garantiu que até o final do ano uma providência será tomada. "Ainda não sei como, mas vamos dar uma resposta à sociedade ainda este ano", afirmou. Veja esta e outras notícias no www.rdnews.com.br

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