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Segunda, 30 de maio de 2011, 14h28
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Crédito bancário desacelera e cresce 1,3% até abril, diz BC

O crédito bancário registrou desaceleração em função das medidas restritivas adotadas pelo governo, segundo aponta o Banco Central.

Os dados até abril mostram um crescimento de 1,3% para o estoque em 2011, ante 20,7% registrados em igual período de 2010. Por outro lado, a inadimplência mostra expansão.

O recuo é mais forte nas concessões ao empréstimo pessoal a pessoas físicas, que recuaram 0,4%, e nas contratações para aquisição de veículos, que caíram 24,5%. Em ambos a comparação considera o primeiro quadrimestre deste ano ante período igual do ano passado.

Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, “a desaceleração está associada às  medidas macroprudenciais do final de 2010 e também à alta da taxa básica de juros Selic”, que voltou a crescer em janeiro.

O juro dos empréstimos a pessoas físicas cresceu 6,2 pontos percentuais, somente de janeiro a abril deste ano, elevando 46,8% ao ano, pela média. Nas operações para empresas o custo ficou 3,1 pontos mais alto, com a taxa média atingindo 31% anuais, segundo o BC.

Maciel chama a atenção para o fato de que, apesar das medidas para reduzir o ritmo de alta do crédito e conter a inflação terem como foco as operações das famílias, o crédito direcionado ao setor produtivo também desacelerou.

“Isso, a despeito do vigor do crédito imobiliário”, comentou ele. Nos 12 meses terminados em abril, as operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apontaram alta de 11,6%, ante 40,7% em período igual de 2010. Já o crédito imobiliário subia a 48,1%, ante alta de 49,5% na mesma comparação.

Quanto à inadimplência, já houve uma elevação de 0,4 ponto percentual, com a taxa geral indo a 4,9% no primeiro quadrimestre, ante 4,5% em dezembro do ano passado.

“Esse aumento da inadimplência é algo relativamente, esperado, tendo em vista o aumento da inflação e dos juros, que exigem maior comprometimento da renda das famílias para pagamento de encargos mais elevados junto aos bancos”, falou Maciel.

Segundo ele, o avanço da inadimplência ainda não preocupa a autoridade monetária, tendo em vista que esse indicador já situou-se em patamares bem maiores que os atuais.

Em abril, o estoque de crédito bancário teve alta mensal de 1,3%, atingindo R$ 1,776 trilhão, segundo o BC. Veja esta e outras notícias no www.valoreconomico.com.br

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