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Quarta, 09 de fevereiro de 2011, 08h32
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Cuiabá ainda precisa avançar na utilização de tecnologias promocionais para vendas

Telefone, sites e e-mails são ferramentas fundamentais e, certamente, as mais usadas no cotidiano comercial, seja para vendas, seja para marketing de relacionamento ou institucional, seja para comunicação interna, onde os setores podem utilizar ainda a intranet. Mas, como explica o vice-presidente da CDL Cuiabá, Célio Fernandes, cada vez mais, as empresas de Cuiabá vêm buscando utilizar toda a variedade tecnológica existente para melhor se comunicar com o cliente externo, parceiros comerciais e dentro da empresa.

 

“Em Cuiabá, empresas já usam a ampla diversidade de tecnologia de comunicação disponível no mercado. Mas percebemos, até mesmo pelo levantamento no mailing da CDL Cuiabá, que ainda temos muitas empresas e empresários que não utilizam nem Internet e, portanto, e-mail, sendo estas ferramentas muito necessárias na atualidade, possibilitando desde compras até o recebimento diário de informações importantes – seja de mercado, de promoções, de avisos da Secretaria de Estado de Fazenda-Sefaz, que hoje também usa amplamente o meio eletrônico em todos os seus procedimentos”, informa Célio.

 

Esta é uma realidade. Encontramos na capital tanto uma boa parcela de empresas à margem do processo de progresso tecnológico; as que utilizam muitas e modernas tecnologias e aquelas que fazem de simples sistemas um avançado modelo de venda, a exemplo do Messenger (MSN).

 

Na Papelaria Dunorte, além do sistema informatizado, o messenger é um assessório fundamental para as vendas. Há alguns anos, a proprietária da empresa, Iara de Brito Nunes, começou a utilizar a ferramenta para agilizar os processos internos. “Com o uso do MSN pelos funcionários, a interação dentro da loja aumentou muito. Então, com o tempo, e também a pedido dos próprios clientes, nós expandimos o sistema”.

 

Além do MSN, os trabalhadores da loja atendem via e-mail e telemarketing. Todo o processo de venda é feito por esses meios e, por fim, a papelaria entrega os produtos na casa do cliente. Para Iara, o atendimento do comércio em Cuiabá não deixa a desejar nesse sentido. “As tecnologias que nós utilizamos aqui é equivalente às que nossos fornecedores usam. Além, é claro, das redes sociais. Hoje é muito comum ver, nos contatos, não só telefone e e-mail, mas também o endereço do messenger, skipe, entre outros,” destaca.

 

Não é o que o gerente da Churrascaria Magestic pensa. José Gomes Neto acredita que a capital ainda não utiliza todos os recursos disponíveis nesse sentido. Para ele, participar de uma promoção de vendas pela internet, com tamanho sucesso publicitário como a empresa fez ao vender rodízios pelo site promocional Peixe Urbano é uma grande novidade. “A gente participa da promoção porque uma amiga do dono ofereceu e, como a gente estava procurando anúncio, mas outros tipos de publicidade são muito mais caros, ele resolveu fazer pelo site”.

 

José afirma que a direção do restaurante ainda vai fazer uma avaliação dos primeiros resultados e reorganizar o atendimento, visto que o número de clientes aumentou muito. Mas adianta que a principal vantagem até agora foi, com certeza, a visibilidade que o estabelecimento teve. “A promoção superou nossas expectativas, em poucas horas nós vendemos mais de mil reais. Eu não sei se vai dar lucro, mas com relação a publicidade, está sendo muito bom”.

 

A auxiliar de contabilidade, Monique Matte, fala que as novas tecnologias são uma grande vantagem para quem, por exemplo, não encontra determinados produtos na cidade onde mora. “Eu gosto muito de uma banda e quando eles lançam novos CDs demoram para vender aqui. Como eu não gosto de baixar, eu compro pela internet, nos sites que os próprios artistas indicam ou em outros que eu conheça e confie.”

 

O depoimento de Monique, na realidade comercial de Mato Grosso, significa um problema sério. As vendas eletrônicas de outros estados para consumidores de Mato Grosso ainda é desafio para os comerciantes de roupas, calçados (principalmente tênis), cosméticos e perfumaria, equipamentos eletrônicos até produtos de acabamento de construção e parte elétrica. ”Para se ter uma dimensão deste contexto, o Brasil hoje, segundo o Bolsa Ofertas, tem 1025 sites de compras coletivas. Este mesmo levantamento do Bolsa Ofertas mostra que o crescimento do número de sites nesta especialidade alcança 150% a cada bimestre. Isto sem contar o número de sites unitários, igualmente de venda de produtos e serviços”, esclarece Célio, pontuando ainda que a questão tributária influencia nesta demanda. “Temos que ter mais produção industrial aqui no estado, bem como preços menores (o que implica em redução de carga tributária para as empresas locais) para concorrer em pé de igualdade, bem como para reduzir o custo operacional da empresa, visando ter como reinvestir mais em tecnologia, por exemplo”.

 

O publicitário Edimar Rodrigues acredita que as mídias digitais e sociais são, em sua maioria, utilizadas de maneira equivocada e aquém das possibilidades, mas que isso é uniforme no país. “As mídias promocionais são subutilizadas, porque a maioria das empresas não está disposta a ser tutora de seus clientes, ou seja, educá-los para aquele tipo de atendimento. Não se preocupam em pessoalizar, manter um contato por mais tempo”. Segundo ele, estudos indicam que, em média, 50% dos clientes que participam de ações promocionais instantâneas ainda não conhecem o estabelecimento, portanto, vai depender dessa primeira experiência a permanência como cliente.   

 

 As ações promocionais que temos hoje, segundo Edimar, servem como experimentação, mesmo porque as vendas não são feitas por meio delas, mas por call centers ou outros canais conhecidos como e-commerce. “Se utilizadas corretamente, a grande vantagem das mídias digitais e sociais é que elas possibilitam a mensuração da mensagem transmitida pela empresa, isto é, indica quem ela consegue atingir e de que maneira. Elas também conseguem rastrear o interesse que a pessoa teve, por qual produto, diferentemente de panfletos, por exemplo”. Utilizando de maneira adequada esses recursos, o empresário poderia traçar um perfil amplo da clientela e direcionar o atendimento para obter melhores resultados. 

 

 O vice-presidente da CDL Cuiabá alerta ainda para o fato de que a Copa 2014 será a edição mais midiática de todos os tempos e Mato Grosso ainda precisa avançar no sentido de modernizar-se. “Internet de alta capacidade e meios eletrônicos que garantam comunicação e continuação das atividades empresariais diárias do turista quando este estiver aqui ainda é desafio para os setores de Comércio e Serviços”, informa Célio Fernandes.

 

Ele completa que o número dos chamados “analfabetos digitais” também é um desafio. “Além da deficiência em algumas qualificações específicas de cada atividade comercial ou de serviços, e as de língua estrangeira, temos que nos preocupar com a qualificação dos estabelecimentos em tecnologias, visando melhor processamento contábil, gerencial, de estoques, etc., bem como de atendimento eficiente aos diversos tipos de consumidores e, até mesmo, como estratégia de vendas”.

 

Outras tecnologias – Edimar afirma que há uma gama extensa de ações promocionais que poderiam ser utilizadas, bem como recursos e potencial no estado. “É muita coisa para todo mundo utilizar. Poderíamos ficar falando sobre isso durante horas”, explica. Segundo ele, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul são os estados mais avançados nesse aspecto, nos outros falta esclarecimento e empenho. Os meios mais utilizados, como mensagens via SMS, são a maneira mais eficiente de atingir o público além de oferecerem várias possibilidades, de acordo com o publicitário. “Mensagens via SMS têm 100% de cobertura, é permanente, instantânea e viral, ou seja, pode ser redirecionada. Por e-mail, se utilizado corretamente, a vantagem é que o contato com o cliente pode se prolongar e ser personalizado”.    (Luana Soutos/Honéia Vaz).

 

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