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Terça, 15 de março de 2011, 05h40
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Dia do Consumidor: Classe C é a de maior consumo na atualidade

 *Para os empresários, CDL indica atenção com as regras do Código de Defesa do Consumidor

A classe C ultrapassou as classes A e B no consumo de produtos e serviços para a manutenção do lar em 2010. As informações são da pesquisa DataPopular, que confirma ainda a classe C como a nova classe média, com 43,3% de consumo, enquanto que as classificadas como A e B e componentes do topo da pirâmide, responderam por 38,7%.

 

Neste Dia do Consumidor, 15, movimentos de consumo como estes mostram onde estão os consumidores de maior potencial na atualidade, que vem ditando, inclusive, o perfil dos produtos a serem lançados.

 

“Importante ressaltar também que o aumento de mercadorias no carrinho de compras de supermercados da classe C vem acontecendo de forma muito rápida e ultrapassa os perecíveis ou itens para casa. Há 9 anos, as classes A e B estavam à frente de 56,6% do consumo nacional, enquanto que a C representava 26,9%”, avalia Paulo Gasparoto, presidente da CDL Cuiabá, pontuando que no resultado final de 2010, a classe C demonstrou crescimento de consumo em torno de 16,9% comparado com 2002, respondendo ainda por altos índices de compra de bens duráveis – principalmente eletroeletrônicos, carros, casa própria, etc.

 

A explosão consumista das pessoas nesta faixa de renda é tamanha que o dirigente lojista não acredita que a medida do governo federal para aumentar a taxa de juros visando conter o consumo terá o efeito planejado.

 

“Se houver redução de consumo de bens duráveis, com certeza haverá mais investimento em viagens e perecíveis, por exemplo. Bem como em bens de valor intermediário, como eletroeletrônicos”, prevê Gasparoto, colocando ainda que acredita que o consumo de bens duráveis continuará crescendo, mesmo que a percentuais menores que os verificados nos meses anteriores.

 

Compra no Crediário – A capacidade de endividamento do consumidor classe C cresceu realmente muito. A Fundação Getúlio Vargas - FGV coloca que esta responde por 52% do total da população e tem renda familiar entre R$1.065,00 e R$ 4.510.

 

Nas observações colocadas no projeto Brasil Food Trends 2020, as empresas estão direcionando e deverão direcionar mais ainda os produtos e serviços a esta categoria de consumidores que, segundo a pesquisa desta organização, sabem o que querem, apesar de terem entrado no mercado consumidor há pouco tempo: buscam produtos e serviços que ofereçam adicionais.

 

Para o advogado da CDL Cuiabá, Otacílio Peron, este aumento de renda e disposição em comprar incidem em alta inadimplência e consequentemente mais registros de inadimplentes, em bancos de dados como o SPC. “A estabilidade da moeda, o controle inflacionário, e a empregabilidade, conduziram o País a um crescimento em 2010, além do projetado, com um PIB de 7,5%, ficando atrás apenas da China e da Índia. Mas, será que o consumidor brasileiro já sabe fazer contas sem inflação, ou ainda não aprendeu e está se endividando?”, questiona ele.

Peron indica que os novos grandes consumidores devem apertar o cinto no planejamento financeiro, “separando o que é supérfluo do que é indispensável; e sendo realista no tocante ao dinheiro disponível para pagamento de prestações mensais, ou seja, é preciso avaliar se a prestação cabe mesmo em seu bolso”.

Da parte dos estabelecimentos comerciais, cada vez mais, devem ser observadas as regras do Código de Defesa do Consumidor (CDC). “Os cidadãos estão muito atentos aos seus direitos e a transição de uma classe para outra eleva também o acesso a educação e cultura, o que influencia positivamente para que este consumidor reclame seus direitos com mais freqüência”, coloca Peron. (Assessoria de Imprensa CDL Cuiabá: Honéia Vaz)

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