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Segunda, 13 de outubro de 2014, 08h51
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“E-commerce e mobyle payment” parecem coisa de estrangeiro, mas é questão para mato-grossenses

Por: Honéia Vaz

“É preciso que o Estado e as empresas coloquem na agenda a discussão sobre tecnologias móveis, comércio eletrônico, marketing digital”, ressalta Célio Fernandes, vice-presidente da CDL Cuiabá.
 
O aviso é no sentido de fazer frente à concorrência que o e-commerce vem estabelecendo às lojas físicas. “Esta é uma realidade: milhões, em dinheiro e unidades de produtos, são vendidos via Internet, a cada minuto. Moradores de Mato Grosso compram via web em outros estados e até fora do Brasil”, fala Fernandes. “Utilizar a Internet para fazer negócio é imprescindível. Não necessariamente é preciso ter o comércio eletrônico, mas é preciso estar presente nas mídias sociais, usar a Internet (sites, por exemplo) para promover a marca da empresa, e também vender seus produtos e serviços”.
 
Ressaltando os cifrões consolidados pelo E-bit sobre a força do comércio eletrônico no Brasil - o setor movimentou R$ 28,8 bilhões em 2013, o especialista em marketing estratégico Marcelo Castro questiona aos empresários: “O futuro de sua empresa tem futuro na web do futuro?”. Com esta preocupação, há quatro anos ele lançou o Seminário Nacional de Comércio Eletrônico, Meios de Pagamentos e Negócios na Web e III Workshop de Redes e Mídias Sociais, para ampliar a visão dos empresários com empresas localizadas nas cidades-sede da Copa 2014, além de Belém e Florianópolis, sobre a necessidade de se preparem tecnologicamente para o movimento que o evento traria ao Brasil.
 
Com o saldo de mais de 30 mil pessoas na plateia nestes quatro anos e 12 especialistas a cada edição, o Ecom, realizado na capital mato-grossense pela CDL Cuiabá no último dia 9, deixou no ar o sentido de alerta aos empreendedores sobre a “Internet das coisas e a web dos serviços". 
O show futebolístico mundial tem novo calendário na Rússia daqui a quatro anos. Aqui, em Mato Grosso agora o desafio continua fora do gramado: dia a dia, já há algum tempo e cada vez mais o varejo tradicional brasileiro enfrenta o crescimento do e-commerce e se depara com a disputa comercial pelos usuários de smartphone, notebook, tablet. “Hoje você recebe o mostruário de roupas no seu celular, pode escolher pelo celular mesmo e ainda pagar”, diz Castro, referindo-se ao uso de smartphone para veicular propagandas e para efetuar recebimentos-pagamentos mobile. “A situação desafia o varejo com lojas físicas e ao mesmo tempo demonstra novas formas de vender. Estamos na era de oportunidades e ameaças do mundo digital”, destaca.
  
Comparando mouse e e-mails a dinossauros, Castro enfatiza que empresas e pessoas que querem alçar ao sucesso e concorrer no mercado devem estar totalmente conectadas, se pautando pela velocidade das inovações, sem deixar de utilizar de ferramentas que ainda dão a tônica. “Estar nas mídias sociais é fundamental, no entanto quem não tiver uma www, ou seja, um site, não é achado pelo robô de busca do Google, por exemplo”.
 
Para o gestor de Tecnologia da Informação Sigfrid Uhde, que atua no Cepromat, a questão envolve também os governos. “Investir em tecnologia é garantir mais assertividade, redução de custo, segurança nos procedimentos”, diz, acrescendo que na prática quer dizer também menos burocracia e celeridade nas operações.
 
O analista técnico do Sebrae Ari Vasconcelos Dantas Júnior é enfático: “mesmo as lojas físicas devem estar conectadas”. Ou seja, informa ele, não há como concorrer hoje fora de mídias digitais ou, no mínimo, pode estar faturando menos do que poderia se a plataforma de negócios fosse ampliada com participação na web e uso de tecnologias de comunicação. “Mantenha a loja física e marque presença na web”, aconselha.

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