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Quinta, 23 de abril de 2015, 15h39
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Inadimplência das empresas volta a crescer em março e registra alta de 7,04%, aponta o SPC Brasil

Por: Fonte: Assessoria de Imprensa do SPC Brasil

Piora do cenário macroeconômico também atinge os empresários brasileiros. Indicador anual de dívidas em atraso sobe para 6,36%.

O número pessoas jurídicas inadimplentes voltou a acelerar em março deste ano e cresceu 7,04%, na comparação com o mesmo mês do ano passado. O levantamento é do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). Além do aumento no número de empresas inadimplentes, a aceleração atingiu também a variação da quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas (6,36% a mais em março deste ano, em relação a março do ano passado).

"A atual situação da economia brasileira tem gerado um ciclo vicioso, difícil de interromper. Como a inflação e as taxas de juros estão altas, as vendas caem e as empresas empregam e investem menos. Os efeitos negativos são percebidos nas quedas das vendas no varejo e na produção industrial. Dessa forma, temos queda de confiança tanto do empresário, quanto do consumidor. Esse resultado se traduz em inadimplência de ambas as partes, como os indicadores têm apontado", analisa o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.

Além da piora na conjuntura econômica brasileira, os dados refletem também a menor base de crédito da economia que impede que a aceleração seja ainda mais pronunciada. Os números apurados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostraram queda acumulada em 12 meses de 14% na produção de bens de capital. Esses produtos, na avaliação dos economistas, compõem boa parte dos investimentos das empresas e o forte recuo mostra que os investimentos, a maioria dependente de financiamentos, também têm caído.  

Alta anual de 6,36% nas dívidas em atraso

O total de dívidas em atraso de pessoas jurídicas registrou alta anual de 6,36% em março de 2015, voltando ao nível que já havia sido verificado em dezembro de 2014 (6,45%), quando foi registrado o maior crescimento anual desde setembro de 2013.

Para a economista chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, mesmo com essa piora constante no indicador de dívidas em atraso, ainda é cedo para afirmar que se trata de uma tendência explícita. "Os dados de dívidas ainda estão muito voláteis. Desde meados de 2014, as variações estão bem parecidas e influências opostas. Então, ainda é cedo para dizer em tendência anunciada de piora", completa Kawauti. 

Alta de 7,92% no Nordeste supera a média nacional

A pesquisa apresentou também o número de dívidas por região em que reside o devedor. O principal destaque veio do Nordeste, que apresentou uma forte alta anual de 7,92% em março de 2015 e foi a única região com crescimento acima da média nacional. Em seguida, vem a região Sudeste que registrou crescimento de 5,47% no número de dívidas não pagas. Por outro lado, a região com crescimento anual mais modesto foi o Centro-Oeste, com alta de 3,00%.

"Por ser uma região que cresceu muito e de forma acelerada na última década, o Nordeste ainda está aprendendo a lidar com os novos instrumentos de financiamento", justifica a economista sobre a alta variação anual da região.

Na variação por segmento, Serviços (que inclui Bancos, Transporte, Alimentação e Hotelaria, Educação e Serviços domésticos), apesar de não ter sido a categoria com maior alta, ganha destaque por ter sido o setor que mais contribuiu com a alta do número de dívidas em atraso de empresas: 3,19%. Este segmento apresentou alta de 4,43% no número de pendências e teve participação de 70,67% junto ao total de compromissos não pagos em todo o país. Mas a análise mostra que, no caso das empresas devedoras, todos os segmentos apresentaram alta anual da inadimplência, com exceção à divisão outros.

Segundo Kawauti, a variação anual do segmento Serviços é baixa por ser um setor com grande participação. "Esta categoria desenvolve atividades maduras, como os bancos, que já têm um alto índice de inadimplência. Então, não é qualquer variação que reflete nos gráficos do levantamento, as dívidas deveriam crescer significativamente para mudar os dados do estudo", completa a economista. 

Metodologia

Os indicadores de inadimplência sumarizam todas as informações disponíveis nas bases de dados do SPC Brasil. A abrangência é nacional, com informações de capitais e interior de todos os 26 estados da federação, além do Distrito Federal.

O número pessoas jurídicas inadimplentes voltou a acelerar em março deste ano e cresceu 7,04%, na comparação com o mesmo mês do ano passado. O levantamento é do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). Além do aumento no número de empresas inadimplentes, a aceleração atingiu também a variação da quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas (6,36% a mais em março deste ano, em relação a março do ano passado).

"A atual situação da economia brasileira tem gerado um ciclo vicioso, difícil de interromper. Como a inflação e as taxas de juros estão altas, as vendas caem e as empresas empregam e investem menos. Os efeitos negativos são percebidos nas quedas das vendas no varejo e na produção industrial. Dessa forma, temos queda de confiança tanto do empresário, quanto do consumidor. Esse resultado se traduz em inadimplência de ambas as partes, como os indicadores têm apontado", analisa o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.

Além da piora na conjuntura econômica brasileira, os dados refletem também a menor base de crédito da economia que impede que a aceleração seja ainda mais pronunciada. Os números apurados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostraram queda acumulada em 12 meses de 14% na produção de bens de capital. Esses produtos, na avaliação dos economistas, compõem boa parte dos investimentos das empresas e o forte recuo mostra que os investimentos, a maioria dependente de financiamentos, também têm caído.

 Alta anual de 6,36% nas dívidas em atraso

O total de dívidas em atraso de pessoas jurídicas registrou alta anual de 6,36% em março de 2015, voltando ao nível que já havia sido verificado em dezembro de 2014 (6,45%), quando foi registrado o maior crescimento anual desde setembro de 2013.

Para a economista chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, mesmo com essa piora constante no indicador de dívidas em atraso, ainda é cedo para afirmar que se trata de uma tendência explícita. "Os dados de dívidas ainda estão muito voláteis. Desde meados de 2014, as variações estão bem parecidas e influências opostas. Então, ainda é cedo para dizer em tendência anunciada de piora", completa Kawauti.

 Alta de 7,92% no Nordeste supera a média nacional

A pesquisa apresentou também o número de dívidas por região em que reside o devedor. O principal destaque veio do Nordeste, que apresentou uma forte alta anual de 7,92% em março de 2015 e foi a única região com crescimento acima da média nacional. Em seguida, vem a região Sudeste que registrou crescimento de 5,47% no número de dívidas não pagas. Por outro lado, a região com crescimento anual mais modesto foi o Centro-Oeste, com alta de 3,00%.

"Por ser uma região que cresceu muito e de forma acelerada na última década, o Nordeste ainda está aprendendo a lidar com os novos instrumentos de financiamento", justifica a economista sobre a alta variação anual da região.

Na variação por segmento, Serviços (que inclui Bancos, Transporte, Alimentação e Hotelaria, Educação e Serviços domésticos), apesar de não ter sido a categoria com maior alta, ganha destaque por ter sido o setor que mais contribuiu com a alta do número de dívidas em atraso de empresas: 3,19%. Este segmento apresentou alta de 4,43% no número de pendências e teve participação de 70,67% junto ao total de compromissos não pagos em todo o país. Mas a análise mostra que, no caso das empresas devedoras, todos os segmentos apresentaram alta anual da inadimplência, com exceção à divisão outros.

Segundo Kawauti, a variação anual do segmento Serviços é baixa por ser um setor com grande participação. "Esta categoria desenvolve atividades maduras, como os bancos, que já têm um alto índice de inadimplência. Então, não é qualquer variação que reflete nos gráficos do levantamento, as dívidas deveriam crescer significativamente para mudar os dados do estudo", completa a economista. 

Metodologia

Os indicadores de inadimplência sumarizam todas as informações disponíveis nas bases de dados do SPC Brasil. A abrangência é nacional, com informações de capitais e interior de todos os 26 estados da federação, além do Distrito Federal. 


Fonte: Assessoria de Imprensa do SPC Brasil

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