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Segunda, 14 de fevereiro de 2011, 09h26
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Inflação alta acende sinal de alerta

A inflação ameaça extrapolar este ano o limite da meta de 6,5%, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), afirma o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Robson Gonçalves. Ele concorda, em parte, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre a sazonalidade da inflação, no início do ano, fortemente influenciada por reajustes nos setores de transporte e educação.

 

Gonçalves lembra que a preocupação das autoridades com a inflação do início do ano não é novidade. Tanto que, antigamente, quando havia planos econômicos e congelamentos de preço, as decisões eram tomadas no final de fevereiro, exatamente quando passava essa onda sazonal.

 

Para o professor, o problema é que a sazonalidade agora é marcada por um momento de inflação alta. "(A inflação) ameaça extrapolar o limite da meta, sim. E em fevereiro, ela tende a ser ainda pior. O ministro disse que há um pico, mas a inflação pode fechar fora do limite."

 

Ele aconselha consumidores que compraram à prestação a fazer um grande esforço para reorganizar o orçamento doméstico e aumentar a disciplina com os gastos. Gonçalves avalia que o excesso de crédito durante o período de crise financeira pode ser um problema, porque muitos consumidores ainda têm prestações a pagar, ao mesmo tempo em que os preços vão pressionar e corroer o orçamento familiar ao longo deste ano.

 

O professor da FGV destacou também a decisão do governo de cortar R$ 50 bilhões do Orçamento da União. Para ele, o governo gastou muito por conta da crise e para estimular a demanda. "Agora, a procura excessiva está pressionando os preços, além desses outros fatores que o ministro citou. Qualquer medida que tire a responsabilidade exclusiva do Banco Central de combater a inflação com os juros é necessária".

 

Já o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) e membro do Conselho Federal de Economia, Newton Marques, é mais otimista em relação às declarações de Mantega sobre o controle da inflação. Para ele, houve realmente um surto mundial de inflação com a elevação do preço e do custo de vida, mas que deve se reverter.

 

Ele admite a existência da pressão da demanda devido ao crescimento da economia brasileira com "altas taxas", mas também com consequências para os preços de bens e serviços. "É um conjunto de coisas, difícil dizer o que está provocando a inflação”. Veja esta e outras notícias no www.gazetadigital.com.br

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