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Terça, 17 de maio de 2011, 19h16
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Mercado de trabalho: simplificação da LT aumentaria vagas

Em Mato Grosso o saldo de empregos chegou a 1.817, só no quarto mês do ano. Este índice é resultado de 31.941 admissões e 30.124 desligamentos, segundo o Caged. A variação positiva foi de 0,33%, no comparativo com o mês de março. Aqui no Estado, diferentemente da tendência nacional, os setores que mais criaram oportunidades foram o da Indústria de Transformação, com 1.459 postos; e serviços, com 1.379 postos e Comércio, 267.  

Mas, conforme aponta a Câmara de Dirigente Lojista de Cuiabá (CDL Cuiabá), tendo em conta a Páscoa, o movimento de contratação foi bem positivo - cerca de 400 empregos no Setor de Comércio em Mato Grosso e um total de 800 vagas temporárias preenchidas no Estado para o período pascoalino, como apontado pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem).

Para o vice-presidente da Câmara de Dirigente Lojista de Cuiabá (CDL Cuiabá), Célio Fernandes, o índice positivo de maneira geral é basicamente “resultado de dois fatores: o aquecimento da economia nacional e a tendência de formalidade de empregos nas empresas”, afirma. Mas, ele acrescenta que o número de empregos gerados, tanto no Comércio quanto em outras áreas, poderia ser maior se houvesse uma maior simplificação do governo para a admissão de funcionários, no que se refere a Leis Trabalhistas, por exemplo, além dos impostos. “Os custos de manter um funcionário são altos. Há empresário que não abre mais oportunidades, em função disso. Há muita burocracia para empregar alguém. Se houvesse menos burocracia e se os custos fossem mais baixos, a criação de empregos, por parte da Iniciativa Privada, seria maior”.

Nacional - Em todo o Brasil, neste mês de abril, foram criados 272.225 novos empregos com carteira assinada. Os números do primeiro quadrimestre apontam a geração de 800 mil vagas. Isso resulta em uma alta de 0,75% em relação ao mês anterior. Este é o quarto melhor resultado de toda a série histórica do Caged. Os novos postos de trabalho são resultantes de 1.774.378 admissões e de 1.502.153 desligamentos, ambos recordes para o mês. Os dados foram divulgados pelo Caged, nesta terça-feira (17). Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no balanço do quadrimestre, foi registrada a criação de 880.711 postos de trabalho formal. O número representa um incremento de 2,45% em relação a dezembro de 2010. Nos últimos 12 meses, foram gerados 2.294.809 novas oportunidades de trabalho, um aumento de 6,65% no número de empregos com carteira assinada. No Mato Grosso, nos 4 meses do ano foram gerados 17.963 trabalhos. Deste montante, o Setor de Comércio criou 3.108.

Balcão de Empregos - A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá), de acordo com o presidente da entidade, Paulo Gasparoto, lançou um balcão de empregos, que já conta com campo de cadastramento de currículos pelo www.cdlcuiaba.com.br.

 

“Pretendemos atender não só à necessidade do Setor de Comércio de mão-de-obra com determinado perfil, mas também a de todos os segmentos em que possamos contribuir com este serviço e que estejam associados à CDL”, informa ele.

 

Gasparoto explica que os talentos cadastrados no Banco CDL serão selecionados por especialistas, “visando termos, realmente, candidatos que em testes de seleção e entrevistas se mostrem aptos a somar positivamente nas empresas”.

 

Mercado Carente – A iniciativa da CDL Cuiabá vem ao encontro de um problema corrente, oferecendo soluções para os empresários. A gerente da empresa de contratação de pessoal RH Brasil, Josiane Gimenes, informa que “está faltando mão-de-obra qualificada em Cuiabá e no Brasil como um todo”. Segundo ela, de maneira geral, “as empresas querem pessoas que tenham perfil para liderança ou que pelo menos se saiam bem na comunicação e convivência com os colegas, por exemplo. O maior desafio atualmente não é nem tanto técnico ou de experiência no currículo, mas comportamental”.

 

A consultora de RH e psicóloga, Márcia Venturine, da MV Consultoria e Gestão de Negócios, confirma o “déficit” de mão-de-obra, o que ela classifica de apagão de talentos. “Há significativa contratação pelo currículo e demissão pela prática e postura erradas”. A empresária atesta, inclusive, a já existente importação de profissionais de fora do País para empresas que estão se instalando ou já localizadas em Mato Grosso. “Estamos trazendo profissionais do Chile, Argentina, de vários outros países do mundo”. (Assessoria de Imprensa CDL Cuiabá: Thalita Marques/Honéia Vaz)

 
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