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Quarta, 09 de fevereiro de 2011, 07h50
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Setor turístico e a Copa *Por Oiran Gutierrez

As decisões em relação à preparação para a Copa do Mundo são fundamentais para a população que está atenta aos acontecimentos. Todos sabem que as decisões devem envolver o poder público, especialmente o governo do Estado, a iniciativa privada e os segmentos organizados como as nossas instituições representativas de classe. Os diferentes setores da economia estão ligados diretamente a estas ações voltadas para a Copa. Não há como pensar em traçar metas, roteirizar regiões turísticas, sem a devida participação do setor turístico.

O segmento passou a fazer parte através do conselho consultivo, mas ainda não está de fato representado, pois não participa das decisões da Agecopa. É preciso lembrar que o setor turístico só foi inserido no conselho por força política dos parlamentares Jota Barreto e Aírton Português, que lutaram pela aprovação do projeto com a participação do Sindetur. O trade turístico é grato pelas ações dos deputados na época da votação

O maior questionamento do setor que vai lidar diretamente com os turistas durante a Copa é se vai continuar alheio aos inúmeros projetos que estão sendo executados. Afinal o turismo é um segmento que agrega outros setores da economia e que gera muitos empregos com hospitalidades, alimentos e bebidas, além de outros. É uma pena que trade que também terá a responsabilidade antes, durante e depois da Copa, não tem sido consultado para quase nada. As propostas são apresentadas como definitivas, sem ao menos serem discutidas com este setor.

Esperamos que agora, com o governador Silval Barbosa despachando uma vez por semana na Agecopa, tenhamos outros rumos na definição de políticas para o setor. O nosso aeroporto continua sendo um caos e motivo de questionamento pelos turistas que aqui chegam. Perguntam se Cuiabá vai mesmo sediar a Copa com esta estrutura aeroportuária. Como acreditar que o aeroporto seja concluído, se foram prometidas três etapas de obra com um orçamento em torno de R$ 16 milhões (em 1998), com os aditivos, gastaram cerca de R$ 30 milhões e foi entregue apenas um terço da obra, a etapa C (inaugurada em 2005). Como acreditar, então, que uma obra que deverá custar aproximadamente três vezes mais, seja concluída em menos de três anos, ainda com um ano de eleição no meio, se apenas uma etapa demorou quase uma década para ficar pronta. Sem aeroporto teremos a Copa?

*Oiran Gutierrez é presidente do Sindicato das Empresas de Turismo de Mato Grosso (Sindetur) e presidente em exercício do Fórum de Empresários de Turismo. E-mail: oirangutierrez @hotmail.com

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