Turismo de negócios é o que mais atrai visitante para a capital e gera empregos

“O setor de turismo já é responsável pela geração de 7,2 milhões de empregos no Brasil, e em Mato Grosso ele tem na hotelaria um dos grandes empregadores”, informa o presidente da CDL Cuiabá, Paulo Gasparoto.

Luis Carlos Nigro, presidente do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Mato Grosso (SHRBS – MT) confirma esta maior base atrelada aos hotéis e pousadas. Só em Cuiabá e Várzea Grande são 14.000 empregos diretos, segundo ele. “Hoje em Cuiabá o seguimento mais forte é do de turismo de negócios e eventos”, aponta Nigro, completando que “o turismo de evento é o que mais agrega ao setor hoje em dia. Ao término do evento, o empresário passa mais alguns dias na cidade para fazer turismo ecológico. Grande parte dos turistas aproveita e fica para conhecer o Pantanal e a Chapada”, diz, concluindo que apenas 1% dos turistas do estado vêm somente para passear.

Ressalta-se que a cadeia do turismo em Cuiabá envolve taxi, hotéis, restaurantes, locadoras de veículos, entre outras atividades, promovendo a criação de empregos em todas essas áreas. Em Mato Grosso, esse número empregado no mercado do Trade Turístico, conforme explica Jaime Okamura, empresário do setor de turismo e menbro do Sindicato de Empresários de Eventos., chega a 30% do total empregado em todas os segmentos. “É difícil dizer um número exato de empregos gerados, pois o ramo de turismo é muito amplo, mas podemos perceber a dimensão pelo fato de que envolve 52 setores, que geram empregos diretos e indiretos. E esta geração de empregos começa desde a construção de um hotel, por exemplo”, coloca Okamura, apontando ainda que em funcionamento, um hotel de 80 leitos costuma gerar por volta de 100 empregos, e em Cuiabá há em média 6 mil leitos.

O turismo estimula e movimenta a economia da cidade. Nigro ressalta que os meses em que o turismo é mais forte no estado vão de junho a novembro. Neste período a geração de emprego no setor sobe até 40% em relação ao primeiro semestre do ano. “São empregos temporário, mas que duram até quatro meses”, afirma. Segundo Okamura, um hotel com

Gastos - Jaime Okamura informa que um turista que vem para participar de um evento gasta em média R$ 280 por dia. “Imagine um congresso com mil pessoas: são 280 mil reais por dia”, coloca. Ele lembra que “dentro de um hotel, quase 50% do público está ligado a um evento de negócios que está ocorrendo na cidade”. Além dos hotéis, bares e restaurantes, que estão entre os primeiros na geração de empregos, há também o segmento de transporte que fica em segundo lugar, e logo após empresas que promovem festas e eventos, como buffets. “Quando um Buffet é contratado, você contra uma empresa, mas indiretamente contrata dez funcionários, pelo menos. Isso gera uma ampla cadeia”, explica o empresário.

Perspectivas e Desafios – Nigro aposta em torno de 4% de acréscimos no Setor. Okamura é otimista e prevê incremento de cerca de 15% no Turismo de Mato Grosso, em 2011. Ele pontua que, no entanto, para tal, é preciso que haja mais divulgação dos roteiros do Estado. “Fora de Mato Grosso, o Turismo está crescendo. No Estado, precisamos ser mais divulgados”.

A carência de mão-de-obra qualificada para atender a demanda de empregos gerados pelo setor é ainda um desafio. É o que o empresário Luiz Verdum, Hotel Diplomata, reclama. “Faltam recepcionistas bilíngües e auxiliares. Outra dificuldade é encontrar camareiras, pois a maioria delas têm dificuldade até para ler e escrever”, afirma.(Assessoria de Imprensa CDL Cuiabá: Honéia Vaz/Thalita Marques).