Representantes de diversas áreas do setor produtivo se reuniram em frente à Prefeitura da Capital, na manhã desta sexta (3), em manifestação contra as medidas que vêm sendo adotadas para o enfrentamento ao período da pandemia.

Eles pedem maior participação do setor nas decisões que envolvem o comércio. “A gente se manifesta no sentindo de sensibilizar o prefeito a retroceder nessa decisão tomada no último decreto bem como reavaliar os outros decretos vigentes que vem prejudicando de maneira brutal a atividade empresarial, ceifando empregos, fechando empresas, e causando um problema adicional ao da pandemia e com consequências graves”, declarou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá), Nelson Soares.

De acordo com Soares e os demais representantes é possível manter o mínimo de atividade econômica, preservando o emprego, o trabalho e ao mesmo tempo cuidar da população. “Reivindicamos 100% das frotas de ônibus nas ruas, entregas de remédios de profilaxia quando nos primeiros sintomas nos Pronto Atendimentos e nas UPAS, reivindicamos testagem em massa da população identificando precocemente quem tem o vírus e isolando essas pessoas. Nós entendemos que as medidas que o prefeito tomou são equivocadas, não trazem beneficio e não trazem benefícios para o controle da pandemia, assim prejudicam o comércio.”

Após a manifestação, uma comissão formada por empresários, foi para o sétimo andar do Palácio Alencastro para uma reunião com o prefeito onde entregariam um documento com as insatisfações e questionamentos a respeito das medidas adotadas, mas o chefe do executivo não estava presente. A reunião foi dirigida pelo chefe de gabinete, Antonio Monreal Neto.

“Ele nos atendeu em nome do prefeito, mas nós deixamos em suas mãos o nosso protesto. Pedimos que o segmento representativo do comércio participe das decisões da prefeitura em relação a COVID-19. Nós não fomos consultados e não tivemos participação nenhuma, por isso sai um decreto absurdo como este”, lamentou o presidente da Fecomércio, Wenceslau Junior.

Da mesma forma, lamentou o vice-presidente administrativo da CDL Cuiabá, Célio Fernandes. “O prefeito demonstrou que a agenda dele tem outras prioridades. Esse problema afeta toda a sociedade, o lado da saúde e o da economia. Os representantes aqui presentes querem participar das decisões para que elas possam ser mais assertivas, para uma normalidade dentro da pandemia onde as pessoas não deixem de trabalhar, não percam seus empregos e não sejam mais afetados de uma maneira mais impactante”, disse ele.

O chefe de gabinete disse que irá entregar o documento ao prefeito e todas as considerações feitas nesta manhã. Até a próxima segunda-feira (06.07) afirmou que seria dada uma posição sobre o assunto.