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Quinta, 24 de outubro de 2019, 15h00
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Inadimplência das empresas cresce 4,14% em setembro; CDL Cuiabá faz orientações


De acordo com o Indicador de Inadimplências de Pessoas Jurídicas, calculado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o volume de empresas negativadas continua crescendo. A alta foi de 4,14% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Apesar do aumento da inadimplência, os dados mostram que houve um pequeno recuo na quantidade de dívidas em atraso no nome de pessoas jurídicas: 0,38%.

Considerando os resultados por região, todas apresentaram crescimento no número de empresas inseridas no cadastro de negativados. Destaque para o Sul, que puxou a alta de contas em atraso no último mês, com avanço de 6,37% na comparação com igual período de 2018. Logo em seguida aparecem o Sudeste, com aumento de 5,56%, e o Norte, com 2,08%. O Centro-Oeste teve o menor avanço, com 0,73%.

Quanto ao número de dívidas, o indicador aponta que nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste foram registrados recuos de 2,55%, 2,66% e 3,94%, respectivamente. Por outro lado, Sul e Sudeste apresentaram crescimento: no Sul houve avanço de 0,98% e no Sudeste alta de 1,02%.

O superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá), Fábio Granja, avalia que este ainda é o reflexo da crise econômica vivida pelo país nos últimos anos e que continua afetando diretamente nas empresas. “São inúmeros os fatores que levam a inadimplência das empresas, a alta do desemprego, a má gestão somada com a falta de cultura em planejamento financeiro, queda na renda das famílias, leis brandas, imprevistos, entre outros”, disse ele.

Granja acredita que as vendas estão começando a reagir, mas a reação é gradativa e orienta os empresários. “O melhor a fazer, é buscar diagnosticar todas as dividas e identificar os motivos que as ocasionaram e elaborar um planejamento financeiro. Após esse passo, será preciso construir um fluxo de caixa e tentar renegociar as dividas de uma forma condizente com a capacidade de pagamento. Por outro lado buscar corrigir possíveis distorções na gestão e buscar planejar ações que possam viabilizar novos recursos, desde ações para vender mais e busca por possíveis linhas de crédito que possam viabilizar o negócio ou que possam apresentar juros menores que as dividas”, orientou o superintendente.


*Dívida média é de R$ 5.563,06; 44% das empresas inadimplentes são estabelecimentos comerciais; maioria deve para setor de serviços*

As empresas inadimplentes no país encerraram o último mês de setembro com uma dívida média de R$ 5.563,06. Pouco mais da metade (56%) possui pendências com valor superior a R$ 1.000,00, enquanto 44% têm abaixo dessa cifra. O valor médio atual é menor do que o observado no início da série, em 2010, quando correspondia a R$ 10.488,97 —  descontando valor da inflação.

O setor que concentra o maior número de empresas negativadas é o de comércio. Quatro em cada dez (44%) empresas inadimplentes são estabelecimentos comerciais. O ramo de serviços aparece com a segunda maior participação, concentrando 41% do total de pessoas jurídicas negativadas. Entre os setores devedores, quem lidera no crescimento do número de empresas negativadas também é o setor de serviços, com alta de 7,12% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já o comércio teve alta de 1,53%, enquanto a indústria apresentou aumento de 1,69%.

O principal credor das dívidas em nome de pessoas jurídicas é o setor de serviços, que inclui bancos e financeiras, com 70% do total de pendências. O comércio detém 17% de participação, ao passo que a indústria representa 12%.

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