A redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor de Materiais de Construção deve tornar mais leal a concorrência entre varejo e vendas pela internet ou direta (da indústria). Essa é a opinião do diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas-CDL Cuiabá, Antonio Guerino Zompero, que lembra que a redução do ICMS foi o primeiro passo para tentar melhorar a competitividade face à concorrência com outros estados.

Mas as facilidades de crédito, juros e preços menores dos produtos que podem ser adquiridos via sites ou diretamente nas indústrias, ainda seduzem o consumidor na hora da compra. De acordo com ele, que representa o Setor de Comércio de Materiais de Construção de Mato Grosso na composição CDL, o percentual de pessoas que compram materiais de acabamento e parte elétrica fora do estado é muito alto. “Quando a pessoa quer reformar ou fazer uma compra grande ela vai pelo preço, isso é inevitável. Na minha área, por exemplo, que é a parte elétrica, comprar em São Paulo ainda pode ser mais fácil e mais barato”, revela.

Final de Março – Em cerca de 60 dias, à medida que os materiais com a isenção e redução de ICMS vão sendo repostos nas lojas, segundo Zompero, o consumidor poderá sentir a queda dos preços nos produtos, o que melhorará ainda mais a média de vendas comparada com anos anteriores, quando o ICMS para o Setor ainda era calculado em 17%. Com as novas medidas - isenção do IPI desonerando os materiais em 5% e a redução do ICMS calculada em 7% - na ponta, a diferença para o consumidor é acima de 12%.  Em 2010, o setor de Materiais de Construção no estado cresceu cerca de 2 ou 3% a mais do que a média nacional, que foi de 12,4%. 

A redução de impostos é uma das principais pautas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá - CDL Cuiabá. (Luana Soutos/Honéia Vaz)

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