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Segunda, 07 de março de 2011, 12h06
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MERCADO: Mulheres empreendem mais

A última pesquisa realizada pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em parceria com o SEBRAE, aponta que o Brasil é um dos poucos países do mundo em que a maioria dos empreendedores são mulheres. “Elas totalizaram 53,4% dos empresários brasileiros em 2009, contra 46,6% de empreendedores homens”, afirma o superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá), Nelson Soares, e lembra que a própria entidade tem um quadro de mulheres maior do que de homens, elas são 30 enquanto, eles são 23 nos postos de atendimento, advogadas, coordenadoras, gerentes, secretárias, gestora de treinamento, contabilistas, entre outros, tanto operacionais quanto de chefia.   

 

Esse é um dos motivos pelo qual a presidenta Dilma Rousseff disse, em um programa de televisão aberta, repercutido pelo SEBRAE, que pretende ampliar os incentivos empresariais para mulheres. "Quem abre mais pequenos negócios é a mulher. Há uma série de atividades em que ela é especialista e por isso vamos dar suporte para que isso ocorra, com apoio, curso, isenção tributária e microcrédito", afirmou Rousseff.

 

Pesquisas também apontam que o número de mulheres investindo em ações também está em aumentando. “Em 2010, o BM&F Bovespa registrou 136.626 mulheres investidoras da Bolsa de Valores, o que representava, na época 24,5% do total”, lembrou o superintendente.

 

Mercado – No mercado de trabalho formal, especialmente no comércio e serviços, as mulheres também representam a maioria, segundo pesquisa da Fundação Seade e do Departamento Intersindical de Estudos Econômicos, Sociais e Estatísticos (Dieese).

 

O número de mulheres com formação superior no mercado cresceu, segundo o último estudo realizado pelo IBGE. Em áreas urbanas, a média de anos de estudo das mulheres é de 9,2 e 8,2 dos homens. Mesmo assim, elas ainda são maioria no total de desempregados, 14,7%. Entre os homens, a porcentagem é de 9,5%.

 

Quanto ao rendimento médio, embora os institutos apontem um aumento, esse ainda é um ponto de desvantagem para as mulheres. O Dieese mostra que as mulheres ganham entre 63 e 73% do valor total do salário dos homens.

 

A dupla jornada de trabalho da mulher que trabalha fora e que também se dedica aos assuntos domésticos e familiares é apontado no estudo como um desafio para as mulheres. “É por questões como estas que as mulheres, empreendedoras e trabalhadores, merecem receber homenagens e prêmios pelos trabalhos que desenvolvem não só no Dia Internacional das Mulheres, mas sempre que possível. Esse é mais um momento de reflexão para a renovação dos ideais de liberdade, de crescimento profissional, de companheirismo e de carinho, que são coisas que refletem no dia-a-dia das mulheres”, afirmou o superintendente da CDL.

 

Balanço das candidaturas a cargos políticos em 2010 - De acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as mulheres são 51,8% do eleitorado. Mais de 70 milhões de pessoas do sexo feminino podem definir os rumos da política brasileira através do voto. Contudo, quando o assunto é candidaturas femininas apresentadas pelos partidos políticos nas eleições de 2010, o percentual é bem menor.

Foram apresentados 22.555 registros de candidaturas para o jogo eleitoral, em todo o território brasileiro. Destes, apenas 22,4% representam candidatas mulheres. Este número representa um aumento de 36% de candidaturas femininas aptas para todos os cargos em disputa em relação a 2006.

Na estratificação do TSE as candidatas femininas significaram: duas candidaturas entre os nove concorrentes à presidência da República; 18 mulheres entre os 163 candidatos à Governo de Estado; 32 registros entre os 241 candidatos ao Senado Federal; 22% dos 6.028 registros para a Câmara dos Deputados. (Honéia Vaz/Luana Soutos)

 

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