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Quinta, 19 de agosto de 2010, 17h46
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País deve discutir a carga tributária justa, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que a reforma tributária é uma meta a ser perseguida no Brasil e apontou que, ao invés de se discutir se a atual carga de impostos é alta ou baixa, deve-se negociar para chegar ao percentual justo.

 

"Eu espero que no próximo período, ao invés de discutir se [a carga tributária brasileira] é baixa ou se é alta, que a gente consiga discutir a justa, aquela que permita que o Estado continue a exercer o papel do Estado e que permita que os nossos empresários e povo como um todo possam sobreviver sem o constrangimento de algo pesado no seu orçamento no final do ano", disse o presidente.

 

Lula fez a declaração durante participação no seminário Novas Diretrizes para o Sistema Contábil Brasileiro, que aconteceu em Brasília. O presidente defendeu uma carga tributária alta alegando que, sem isso, não é possível ao Estado realizar políticas sociais.

 

De acordo com ele, todos os países ricos do mundo têm carga tributária alta, enquanto os pobres têm baixa, o que os impede de realizar ações de combate à pobreza.

 

O presidente disse que em seu governo tentou fazer a reforma tributária mas que, apesar de as propostas apresentadas contarem com aparente apoio de partidos e entidades sindicais e patronais, nenhuma delas foi aprovada até hoje pelo Congresso.

 

De acordo com Lula, "deve ter algum inimigo oculto que, embora concorde de fora, por dentro trabalha para ela [a reforma tributária] não sair."

 

A reforma tributária tem sido um dos principais temas do debate eleitoral. A candidata do PT, Dilma Rousseff, afirmou que é favorável às mudanças e que vai trabalhar por ela se eleita.

 

PEQUENAS EMPRESAS - Durante seu discurso, Lula disse ainda que desistiu de criar um ministério que se dedicaria às micro e pequenas empresas, proposta apresentada por ele neste ano e que depois foi incorporada pela campanha petista e virou uma das promessas de Dilma.

 

Segundo Lula, "não era justo criar no final do mandato", por isso vai deixar para que o próximo presidente implemente a idéia.

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