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Segunda, 26 de julho de 2010, 08h53
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Sinal verde ao consumo



Sem muitos detalhes, CDL confirma que em breve terá início a campanha ‘Nome Limpo’. Objetivo é deixar o consumidor apto ao final de ano


   Os lojistas mato-grossenses já estão de olho nas vendas de final de ano e começam a traçar a melhor estratégia para que o consumidor inadimplente quite suas dívidas e fique apto às compras até dezembro. Sem anunciar os detalhes do que vem por ai, a Câmara de Dirigentes Lojista (CDL) de Cuiabá confirma que uma campanha para tirar as pessoas das listas de restrições ao crédito está sendo montada e em breve divulgada. O Natal é o melhor momento em vendas para o comércio em geral.
   Com as cifras ‘arrecadadas’ com a campanha ‘Nome Limpo’, os lojistas não apenas asseguram vendas como também repõe caixa para formação dos estoques para o final de ano com a antecedência que os negócios pedem.
   O valor dos débitos acumulados, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) soma R$ 196 milhões neste primeiro semestre.
   Em Mato Grosso, o comércio pretende adotar a tática de premiação para estimular o consumidor a sair da inadimplência e assim, retomar o poder de compra. “Estamos programando uma campanha muito melhor que do a do ano passado e com isso fazer com que um maior número de pessoas saia da inadimplência”, afirmou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá, José Alberto Vieira de Aguiar.
   Ele afirma que a idéia deu certo no ano passado. Isso por que a pessoa tem que estar com o nome limpo para concorrer às premiações. “Para poder participar o inadimplente vai procurar regularizar a sua situação”, acredita. Assim, a premiação mostra à população a importância de se ter crédito restabelecido.
   Sem querer adiantar muitos detalhes, Aguiar informou que neste ano a premiação será por cidades. Em 2009, por exemplo, foram quatro veículos para os municípios participantes. “Neste ano, só para Cuiabá deverão ser quatro carros”.
  Aguiar reforça que o comércio conseguiu recuperar boa parte do poder de crédito do consumidor e assim injetar mais dinheiro no mercado, até por conta do pagamento do 13º terceiro. Até novembro do ano passado, a recuperação do montante do endividamento girava em torno de 29%.

   DÍVIDA - Apesar de alto, os R$ 196 milhões representam 11,37% a menos que o acumulado em 2009, quando o endividamento do mato-grossense era de R$ 221 milhões no mesmo período (janeiro a junho), conforme dados da CDL. Em quantidade de registros houve uma queda de 14,07%.
   Do total, R$ 166 milhões são referentes ao SPC (boletos, promissórias, contratos e outros documentos de efetivação de venda ou prestação de serviço) e o restante (R$ 5 milhões) relativo a cheques.
   O setor mais afetado com a inadimplência depende muito da época ou datas. “Dos 196 milhões, o seguimento com maior número de inadimplentes talvez seja o de eletrodoméstico em função do número de lojas e do valor agregado ao produto que é alto”, explicou.
   Além disso, Aguiar aponta que o comércio tem facilitado ao máximo as negociações, em vários casos, abrindo até mão da cobrança de juros, assim como o parcelamento de débitos para que o cliente possa “limpar” seu nome.
   Com crédito na praça, as pessoas chegam ao período de festas prontas para abrir a carteira sem maiores complicações. “Tem lojista que não está cobrando nem juros e nem multa para receber pelo menos o valor do produto, ter dinheiro e fazer giro de mercadorias”, disse.

   BRASIL - Em alguns estados brasileiros, a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Credito (SPC Brasil) vão fazer, em outubro próximo, campanha de refinanciamento para diminuição da inadimplência. “Às vezes a gente faz campanha para redução da inadimplência, mas se é feita com assiduidade vicia o consumidor”, acredita. A última campanha neste nível, conforme Aguiar, foi realizada em 2008.

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